Um mistério chamado Déjà Vu

Déjà Vu no cinema

Foto: reprodução da internet
Reflexos cerebrais que fazem você sentir a sensação de já ter vivido um momento. Parece até enredo de filme, mas é a vida real e é muito mais comum do que ir ao cinema. Quando o sentimento de  Déjà vu  passa realmente para a ficção toma proporções maiores, e à sensação vira o resultado de uma realidade realmente vivida, onde o personagem principal é forçado a voltar no tempo só para refazer aquela cena, ou corrigi-la, como é mais comum.  Essa resolução de caso a partir do retorno ao passado é estudada pela física e envolve o Paradoxo da Avô, que é o resultado do conflito lógico gerado por duas pessoas.

Essa teoria tem base no pensamento: se eu voltasse ao passado e matasse minha avó, meu pai não poderia nascer, e nem eu; Então, como eu poderia ter voltado ao passado? No cinema esse paradoxo pode ser encontrado no filme De Volta ao Futuro, onde foi fortemente trabalhado.

Esse cenário é comum em filmes que possuem o gênero de Ficcção Cientifica, onde o Déjà vu recebe apelo dramático. A presença em alguns filmes do gênero se dá pela possibilidade de poder trabalhar com tempos diferentes, sem que o filme fique sem sentindo, ou cause dúvidas nas pessoas que assistem. E para que não restem dúvidas aos telespectadores, o desfecho da trama precisa ser dado por algum personagem do filme, se não o espectador não irá se atrair, nem acreditar na historia que está sendo contada. Acontecerá a chamada Suspensão de Descrença, onde a plateia aceita o impossível, mas os personagens precisem ficar desacreditados sendo forçados a aceitá-los pelas circunstancias da trama.

Segundo o professor de Cinema da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Ricardo Careiro, “por causa de tudo isso, a relação entre ciência e plausibilidade narrativa é muito estreita, de forma que para a plateia é mais fácil aceitar a ideia de viagem no tempo se cientistas estiverem envolvidos na trama”.



PARA VER VÁRIAS VEZES!


1. Contra o Tempo



Estrelado por Jack Gyllenhaal no papel do Capitão Colter Stevens, que acorda no trem indo pra Chicago, sem entender o porquê de estar ali. Só então uma explosão o trás de volta para o seu corpo e para uma unidade militar desconhecida por ele. O capitão descobre que está preso em uma capsula há meses e que está participando de uma missão antiterrorismo, chamado “Source Code,” um programa que lhe permite passar pela identidade de outro homem nos últimos 8 minutos de sua vida.  Sua missão é  voltar ao local, do que na ficção, é o maior ataque terrorista da história. Assim a trama se desenrola com Colter Stevens voltando varias vezes ao local do crime, na tentativa de descobrir quem é o terrorista responsável pelo ataque.

A sensação de Déjà vu  é percebida logo nas primeiras senas do filme, onde o personagem principal tenta lembrar se já passou pelos fatos rotineiros que acontecem no vagão do trem. Também podemos perceber a parição do fenômeno jamais vu, que ao contrário do Déjà vu  deixa um sentimento de vazio e de incerteza sobre sua personalidade. No final podemos ter esse filme como um dos exemplos do paradoxo da avó, pois o personagem principal acaba desvendando o crime e voltando mais uma vez para corrigir o acidente de forma que no fim é como se ele não tivesse acontecido, apenas o Capitão Colter, que vive em estado vegetativo comandando a capsula com impulsos cerebrais, sabe da historia e a comandante que o enviou para a  missão.


2. Matrix


Foi lançado em 1999, é uma produção estadunidense e australiana protagonizada por Keanu Reeves e Laurence Fishburne. O filme possui o gênero de ficção cientifica e narra à história do programador Thomas A. Anderson, que trabalha em uma respeitável empresa de software, durante o dia. À noite Thomas vira Neo um hacker que penetra em sistemas de computador ilegalmente e rouba informações. É com essa sua segunda fase da vida que Neo é achado pela Matrix e capturado. Depois de passar por uma transformação ele finalmente começa a entender o que é a Matrix e qual o seu papel dentro dela. Levando para conversar com o Oráculo, fica confuso, mas é na volta para a nave Nabucodonosor que Neo, tem um Adejava. Achando que o fenômeno não passava de uma simples sensação, Neo foi alertado que na Matrix o Déjà Vu significava que  programa da Matrix tinha sido alterado.

Nesse filme a sensação de Déjà Vu é bem especifica, não se volta ou passado nem se tenta mudar as ações futuras, o que acontece é que dentro dos parâmetros do filme a sensação foi explorada como uma forma de explicar um fator humano que acontece com frequência. E se tratando de um filme que solta uma duvida sobre a  realidade do mundo, nos deixa o pensamento de que se por um acaso a Matrix fosse real, toda vez que sentíssemos um Déjà vu, na verdade seria uma alteração brusca no programa central do mundo.

3. Déjà Vu



O filme Déjà vu conta a história do agente Doug Carlin (Denzel Washington), que após um ataque terrorista em uma balsa em Nova Orleans, começa a investigar a morte de uma mulher, que supostamente seria vítima do ataque. Quando começa a investigação Doug descobre que há um projeto governamental ultrassecreto: uma maquina capaz de manipular relação entre tempo e espaço com a capacidade de poder voltar ao tempo. A constrição desse roteiro é similar ao do filme Contra o Tempo, só que o efeito do Paradoxo do avô é minimizado, pois o caso é encerrado com êxito total.